Há três anos que acompanho a evolução da passagem entre o largo da estação e o bairro horta das figueiras. O atravessamento era penoso para todos: idosos, portadores de deficiência, utilizadores de trolleys, ciclistas.
Como a junta de freguesia ou o município percebia quando tinha que fazer as manutenções no jardim do largo da estação.
Em boa hora o município procedeu à requalificação da passagem.
Contudo, não o fez bem.
Como de costume, desatenta aos pormenores que também contam, deixou um desnivel de 5 cm na transição da estrada para a passagem.
Ora, esses 5 cm constituem um perigo para o bom uso dos ciclistas e um desconforto grande para os utilizadores de troley e de cadeiras de roda, por exemplo.
Os ciclistas, para melhor abordarem o desnível em condições de segurança, são obrigados a uma trajectória desnecessária (e perigosa) correndo sempre o risco de cair. Do meu ponto de vista não se compreendem como em 2018 o município continua desatento a estes pormenores. Atrevo-me a dizer que são constantes em quase todas as situações relativas à mobilidade como tenho, de forma recorrente, alertado o município.
A insensibilidade para as questões da mobilidade suave (peões, portadores de deficiência, ciclistas, idosos, etc) é notória e afecta, em muito a relação que os cidadãos têm com a cidade e esta connosco. Todos os dias, a cada passo/pedalada.
Costumo dizer, em jeito de provocação benigna, que os melhores locais da cidade são aqueles onde o município ainda não mexeu.
Mobilidade em Évora – Um exemplo do corrente impertinente finalmente bem feito
11 Fevereiro, 2019